sábado, 14 de abril de 2012

Oferenda ao Marinheiro


Os sussurros dos lábios teus que confessa aos meus a insanidade dos nossos corpos intrigados no querer. Vertigem que nos toma pela mão, enquanto me afogo dentre estes desejos de corpo que pede, que clama e enfim derrama e desagua ao mar. E tu que navegas assim marinheiro, tão firme, manobrando no mar em tempestade me olhas como quem tanto espera encontrar alivio e força pra sumir com toda essa dor indevida. E estou aqui pronto para suprir tuas necessidades, te aquecer e aconchegar-te a mim. Ela me banha, filho indefeso, para te encontrar e então derramar esta minha oferenda aos teus pés. Sou guiado assim pelo mar até te entregar a parte de mim, que em sacrifício, vens buscar. 



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