“ I was
waving on the train platform crying
'cause i know
i'm never comin' back.”
- Lana del Rey
Soube,
minha mãe sempre me contou: “Não confie, querido”. Não sei a que ponto chegamos
pra vocês, mas vejo que o fim parece estar mais próximo do que imaginávamos.
Foram lindas as juras, os momentos quiçá os melhores, entretanto, chega um
momento em que tudo precisa seguir. Sempre soube, por mais que seja difícil aceitar,
tudo um dia vai partir. Até mesmo nós que somos um eterno conjunto, entre
trancos e barrancos, entre o indefeso e a miss
popular.
E enquanto
olho nossos rascunhos naquele velho caderninho de capa dura e folhas amareladas,
sinto o amor que se esvaio, o amor que ainda existe, mas não nos une. Lembro
agora que vocês me foram apenas um motivo pra continuar aqui, olhando pra essas
paredes rabiscadas, pra me demorar um pouco mais no adeus. Deram-me uma virgula
e souberam bem que eu nunca saberia usar, vocês sabiam.
Foi uma
pausa longa. Agora sigo, preciso crescer. Estou perdido e não estão mais aqui.
Vocês se foram primeiro e nem se quer percebi. Deram-me uma virgula e me
abandonaram no meio dela.
Agora
parece que acabou, que precisamos seguir. Vamos fumar esse último cigarro nosso,
vamos rápido, pois meu trem chegou e não suporto mais continuar nessa
plataforma. Não chorem, acabou. Apenas aceitem.
Cuidem-se.
"Recordando
de um todo,
fomos e somos e nunca mais.
E seremos
outros.
E faremos
novos amores."
(Adeus, então, adeus - Thomaz Homero)
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