Não
sei, mas ontem parece que sorri de verdade. Relembro ao certo você ali me
olhando enquanto eu corria entre as árvores e dançava ao som das flautas e
pandeiro das ninfas. O corpo despido de vergonha e o canto inundado de ilusões
faziam de mim o ser mais feliz entre os bípedes. Consegui atravessar essa linha
tênue que me deixa indeciso em querer te conquistar ou continuar deixando você
de lado. Sabe querido, percebo, agora enquanto danço, que não há nada que eu
possa escolher. Agora você me mostra esses teus olhos sorridentes, mas não são
minhas causas eles, que sou livre de mim. Que não há um eu especifico, que nem
todas as perguntas tem necessidade de uma resposta, que vivemos e apenas vivemos.
Sorria comigo, dance e depois me deixe te levar para casa. Faça-me cantar e
escrever enquanto eu posso, dê-me a mim mesmo. Sei que podes, sei que podemos.
Beije-me a testa.
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