sábado, 7 de abril de 2012

Soneto Madrugativo



Gosto de homens, dos mais novos aos mais velhos. Dos suculentos aos intrigantes. Gosto desses homens cheios de um segredo e os esparramados. Gosto dos novos pelo olhar, gosto dos mais vividos pelos lábios. Gosto desses ratos de academia e dos viciados em computador. De uns baixos pra poder me debruçar melhor, de uns inteligentes pra me dizer como usar a camisinha. Dos de óculos e os com sardas. Dos dançarinos da noite e dos trabalhadores da tarde inteira. E entre uns e outros vou me derramando pelas ruas. Os negros, os magros, os ruivos, os héteros, os gays, as travestis e até mesmo esses gordos donos de bar. Gosto mesmo é de homem, pra mergulhar em seus lábios e perfumar as suas curvas com o perfume do nosso confronto. Gosto é de saborear o seu sumo e lhes presentear com um gozo. Gosto é desses homens e do que eles podem me dar sem perceber. Gosto é de homens, de homens. 

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