Disseram que me havia um brilho no olhar diferente noite
dessas. Pergunto-me se não foi por ter corrido tanto ontem pela noite naquela
praia deserta enquanto você me beijava. Não sei, mal entendo de brilhos e
sorrisos, mas quem sabe tenha sido esse seu sussurro ao pé do meu ouvido que me
fez crer no inacreditável. Possa ter sido apenas Iemanjá, o vento do mar, o
silêncio e a solidão do mar. Quem sabe não tenha sido nada.
Não me olhe assim, nós bem sabemos que sou mal entendedor de
poesias felizes. Acostumei o meu ser com a solidão divina, com o pouco de
suspiros alegres. Agora me veja aqui perdido sem lhes saber o que responder. Tudo
isso graças a esse brilho tolo. Graças a essas ilusões tolas. Tudo culpa sua.
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