quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em uma tarde de Domingo




Com os olhos fechados te deixo me guiar, mesmo sabendo das topadas, dos buracos, por todo o mundo. Esse teu cheiro tão meu me deixa seguro, deixa a vontade de me abrigar na curva do teu corpo enquanto você grita no silêncio ou fala pelos cotovelos descontroladamente. Queria poder me aninhar em teu colo, te provocar sorrisos, te sussurrar eu te amo. Queria o teu ser pra mim.
E durante as noites de lua cheia me reviro no colchão, queria você aqui. Agora. Pra sempre. Teu cheiro de homem forte, teus lábios e línguas dissimulados.  Pensei esses dias em oferecer meu corpo a Exu depois ver umas oferendas para Iemanjá pra ver se você vem. Pra ver se te laço em mim por tempo pouco, tempo meu. Por segundos exatos de uma eternidade. Mas é tarde demais, é inexato demais. É falso.
Então enquanto me olhas assim, advertindo as minhas ações, tenho uma vontade de te sugar para dentro do meu submundo secreto em que nós dois somos reis soberanos. Em que você será meu e então entregarei a ti o que já te pertence. Entregar-te-ei amor, querido.  Todo o meu ser.
E depois de tantas noites te solicito apenas uma de embarque por entre os bosques, sendo abençoados pelas ninfas, dançando com os caboclos, revelas pra mim o não. Peço-te que seja meu no alinhamento de marte e jupiter, seja agora. Ou nunca. Talvez esteja. Seja. Viva. Mas não.

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