terça-feira, 22 de maio de 2012

Uma memória, Um devaneio




Promessas inevitáveis. Teus olhos que brilham, teu sorriso que amansa uma tourada inteira. Teu charme, teu ser, você. As ondas de vento batem forte contra nossos corpos que se confrontam na parede, única cumplice concreta. Sugo-te inteiramente pra mim, quero estar dentro de ti, ser teu e que sejas apenas meu. Aperto nossos corpos, quero mais. Quero sempre. Quero agora.
E logo me fazes promessas. De beijar os lábios, de juntar as escovas de dentes, de ser apenas meu. Choro já, mesmo antes de começar, por ter medo de que tudo isso seja apenas uma armadilha. Coisa de demônios travessos. Tenho medo de me quebrar inteiro. Sou precipitado, menino, você não entende, mas meu coração já acelera ao falar contigo. Os dedos tremem. Paixonite.
Quando as manhãs são frias penso em você me abraçando, quais as manhãs são quentes te imagino me levando pra tomar banho. Já tramei a nossa trama, deixei que tudo fosse consumado e agora vivo uma dor precipitada da partida. Já te vejo ir por aquela porta sem mais volta, temo por mim. Pelo coração frágil.
Mas que seja o de houver de ser. Seja meu, teu, nosso. Apenas seja. 

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