Promessas inevitáveis. Teus olhos
que brilham, teu sorriso que amansa uma tourada inteira. Teu charme, teu ser,
você. As ondas de vento batem forte contra nossos corpos que se confrontam na
parede, única cumplice concreta. Sugo-te inteiramente pra mim, quero estar
dentro de ti, ser teu e que sejas apenas meu. Aperto nossos corpos, quero mais.
Quero sempre. Quero agora.
E logo me fazes promessas. De beijar
os lábios, de juntar as escovas de dentes, de ser apenas meu. Choro já, mesmo
antes de começar, por ter medo de que tudo isso seja apenas uma armadilha.
Coisa de demônios travessos. Tenho medo de me quebrar inteiro. Sou precipitado,
menino, você não entende, mas meu coração já acelera ao falar contigo. Os dedos
tremem. Paixonite.
Quando as manhãs são frias penso em você
me abraçando, quais as manhãs são quentes te imagino me levando pra tomar
banho. Já tramei a nossa trama, deixei que tudo fosse consumado e agora vivo
uma dor precipitada da partida. Já te vejo ir por aquela porta sem mais volta,
temo por mim. Pelo coração frágil.
Mas que seja o de houver de ser. Seja
meu, teu, nosso. Apenas seja.
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